Devido a uma falta de pesquisa científica musical no continente africano e no Brasil até ao redor da mudança do século, nosso conhecimento de qualquer aspecto da musica folclórica antes daquele tempo é limitado quase exclusivamente as narrativas dos antigos viajantes e cronistas, estas narrativas são muitas vezes superficiais ou imprecisas.
Estima-se que o arco musical tenha surgido por volta de 1500 A.C., e instrumentos derivados do arco foram encontrados nas mais diversas regiões do mundo, como no Novo México, na Patagônia, na África e em civilizações antigas, entre elas a egípcia, a fenícia, a hindu, a persa e a assíria. Porém, há registros do hungu da forma que conhecemos, desde tempos primitivos, em Angola. Da África, o berimbau foi levado ao Brasil pelos escravos africanos, acabando por ser incorporado na prática da arte-marcial afro-brasileira “capoeira”, na qual o som do berimbau comanda o ritmo dos movimentos do capoeirista. Contudo, no Brasil o instrumento acabou por se disseminando para outras manifestações culturais, como na música popular brasileira.
O berimbau, é um instrumento de corda, também conhecido como berimbau de peito em Portugal ou como hungu em Angola e grande parte do continente africano.
Em Angola também é conhecido por m’bolumbumba e é utilizado entre os quimbundos, ovambos, nyanekas, humbis e khoisan.
No sul de Moçambique, tem o nome de xitende. No Brasil, também é conhecido por urucungo, urucurgo,orucungo, oricungo, uricungo, rucungo, ricungo, marimbau, bucumbumba, bucumbunga,gunga, macungo, matungo, mutungo, aricongo, arco musicale rucumbo.
NA CAPOEIRA
O berimbau é um elemento fundamental na capoeira, sendo reverenciado pelos capoeiristas antes de iniciarem um jogo. Alguns o consideram um instrumento sagrado. Ele comanda a roda de capoeira, dita o ritmo e o estilo de jogo. São dados nomes às variações de toques mais conhecidas, e quando se toca repetidamente um mesmo toque, diz-se que está jogando a capoeira daquele estilo. As variações mais comuns são Angola, Banguela e São Bento Grande da Regional.
Na capoeira, até três berimbaus podem ser tocados conjuntamente, cada um com uma função mais ou menos definida.
O Gunga (berra-boi) com a cabaça maior tem o tom mais grave faz a base a marcação, raramente com improvisações. O tocador do Gunga no começo de uma roda de capoeira geralmente é seu líder, sendo seguido pelos outros instrumentos. O tocador principal do gunga geralmente também lidera a cantoria, além de convidar os jogadores ao “pé do berimbau” (para iniciarem o jogo).
O Médio com a cabaça mediana um pouco menor do que a do gunga tem o tom médio, complementa o gunga. Por exemplo, enquanto o gunga faz a base, o médio pode tocar uma variação. O diálogo entre o gunga e o médio caracteriza o toque.
O Viola que tem a cabaça pequena tem o tom mais alto, agudo, toca a maioria das improvisações dentro do ritmo definido pelos outros dois. O tocador do violinha harmoniza e quebra para acentuar as músicas.
Descrição
É constituído por uma vara em arco, de madeira ou verga, com um comprimento aproximado de 1,50m a 1,70m e um fio de aço (arame) preso nas extremidades da verga. Na sua base é amarrada uma cabaça com o fundo cortado que funciona como caixa de ressonância. O tocador de berimbau usa uma das mãos para sustentar o conjunto e pratica um movimentos de vai e vem contra o ventre, utilizando uma pedra ou uma moeda (dobrão), para pressionar o fio. A outra mão, com uma varinha, percute o fio.
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Muito bacana as informações do site Nossa Nação.
Obrigado por interagir. ASS CNN